Comparação do filme "Wag the Dog" com a cena
do marketing político nacional, na prática.
O filme trata dos ”bastidores” da política, mostrando o que há por trás das grandes campanhas, grandes feitos e grandes mancadas dos grandes candidatos.
Os personagens principais se desdobram para manter o maior número de intenções de votos para o candidato para o qual eles trabalham ser reeleito, e para isso usam estratégias e artimanhas como:
Imagem Pública: O filme gira em torno disso praticamente, nos últimos dias para as eleições ocorrem situações que abalam a imagem pública do candidato e os personagens principais usam como uma das mais importantes ferramentas a Manipulação da informação, criando uma situação que seria mais comentada do que a situação que abalou a credibilidade da imagem pública do candidato, uma guerra, uma trégua e um herói que não existiam, tudo para manter a credibilidade.
Nossos candidatos tem também toda esta preocupação, claro, com menos exagero, porém, quem nos garante que tudo que vemos é verdadeiro, pois, não precisa só de uma guerra para manter uma imagem, uma foto manipulada já é uma informação manipulada, e com certeza, com tantos recursos que facilitam, é meio difícil acreditar em tudo.
Também no filme, mostra a dificuldade e atenção dada ao jingle da campanha, onde chamam o grande maconheiro das Américas o patriotíssimo chapado “Willie Nelson” fazendo papel de Jack, após vários dias de composição, ao gravar o jingle acontece coisas que fazem a musica pronta não fazer mais sentido, onde a saída, usando de novo da manipulação de informação, foi criar uma musica e gravar como se fosse muito antiga, com o nome do soldado que estaria refém na guerra de mentira.
Aqui no Brasil os bons cantores de verdade não fazem jingles, imagina só, um Chico Buarque fazendo aquelas riminhas pobres, só assim, afinal se bons cantores aplicassem a complexibilidade real de suas composições, seja na musica ou na letra, o “povão”, para o qual e direcionado os jingles não entenderia nada.
Aqui os jingles em sua grande maioria são bobos, poucos salvam, a maioria das vezes são cômicos, até candidatos sérios, que não são muitos, vai, quando fazem um jingle, não tem como não perder um pouco da credibilidade da seriedade.
Outro ponto em comum do filme com o cenário é a interferência do gosto do cliente, que não teve lá assim tanto ênfase no filme, porém não é menos importante comentar.
A parte foi ate engraçada, foi quando estavam gravam a cena da garota fugindo com o gatinho na mao, e estava tudo ok e gravado, quando o presidente encana com a cor do gatinho, não queria malhado, queria branco.
No nosso caso, imagino eu que tenha muito “pitaco” dos clientes nas campanhas, porque tem coisa que só um cliente totalmente sem noção poderia exigir nestas campanhas deste ano, afinal, nenhuma pessoa que passa anos estudando markerting e propaganda, que se especializa em marketing político, pessoas destas em sã consciência criaria campanhas como varias destas que estão por ai.
E não é nem só campanhas totalmente piadas como de tiririca ou mulher pêra, falo de campanhas que o candidato adota causas para proteger que não gerariam tantos votos para ele, por mais séria que seja a campanha. Por exemplo, não me lembro o nome do candidato, mas defendia a lei maria da penha, não que não seja importante, claro que é, mas adotar como ponto principal da camapanha e só falar disso? Mulheres que apanham dos maridos não são maioria, e as que não apanham querem que outras coisas funcionem neste país, será que o marketeiro deste cara não pensou nisso?
Também mostra no filme, uma coisa muito importante, que nem todos tem domínio em tal arte, que é contornar situações, desfazer as porcarias que os candidatos e muitas das vezes os próprios publicitários e marketeiros fazem, mantendo a imagem do homem La, intacta, ou boa novamente,.
No Brasil tem uns caras de pau que a vida inteira foram mais sujos que pau de galinheiro e que, por incrível que pareça continuam na política, conseguem votos e são eleitos, político ou apolítico, qualquer um com bom senso fica p*** (bravo).
Thiago Teixeira da Costa